O prestigiado Nami Concours, Concurso Internacional de Ilustração de Livros Ilustrados da Ilha Nami, da Coreia do Sul, anunciou nesta semana os vencedores de sua quinta edição. A artista russa Viktoria Semykina foi a ganhadora do Grand Prix, principal categoria, por François Truffaut: The child who loved cinema. Além de uma placa, ela receberá o prêmio de US$ 10 mil.
Já a brasileira Flávia Bomfim foi uma das premiadas na categoria Green Island, com o livro O adeus do marujo, que será publicado no Brasil pela editora Pallas e na Índia pela Tara Books, ainda neste ano. A história é uma homenagem a João Cândido (1880-1969), conhecido como Almirante Negro, um dos líderes da Revolta da Chibata, ocorrida em 1910, no Rio de Janeiro.
Para o livro, a artista utilizou a técnica fotográfica da cianotipia, que recorre a elementos químicos para sensibilizar superfícies, como o tecido. Flávia é ilustradora, bordadeira, criadora do Festival de Ilustração e Literatura Expandido (FILEXPANDIDO) e uma das organizadoras das feiras Tabuão e Ladeira, voltadas à publicação independente.
Outros dois brasileiros já foram agraciados com o Nami Concours. Em 2015, Marcelo Pimentel foi o vencedor do Grand Prix (foto ao lado). Na edição seguinte, em 2017, Marilda Castanha foi premiada na categoria Purple Island.
Neste ano, o júri internacional foi presidido por Piet Grobler (África do Sul), com a participação de Sung-ok Han (Coreia do Sul), Yukiko Hiromatsu (Japão), Klaas Verplancke (Bélgica) e Anastasia Arkhipova (Rússia). Todos os ganhadores e finalistas integram o catálogo do festival literário realizado na ilha coreana. Neste ano, a data ainda não foi divulgada pela organização.
Laços internacionais com o Instituto Quindim
O Instituto de Leitura Quindim mantém um relação de afeto e proximidade com o Nami Concours e seus premiados, desde as origens. No júri deste ano, figuram dois importantes artistas que já participaram das lives Quindim Entrevista: o sul-africano Piet Grobler (presidente) e a russa Anastasia Arkhipova.
Já entre os nomes que estarão no catálogo, destaque para Sonja Danowski (Alemanha) e Ali Boozari (Irã), que foram entrevistados nas nossas lives. Sonja também fez uma ilustração para o projeto Amazônia Chama/Amazon Shouts. Amir Shabanipour (Irã), que também estará no catálogo, criou uma das versões do nosso querido mascote.
Esquerda para a direita: ilustrações de Piet Grobler e Sonja Danowski para o projeto Amazônia Chama/Amazon Shouts; versão de Amir Shabanipour para o mascote Quindim
Mas os laços não param por aí. Roger Mello, que já havia participado do júri nas duas primeiras edições do prêmio, em 2015 e 2017, teve a tarefa de presidir o colegiado em 2019. O ilustrador é um dos idealizadores e vice-presidente do Quindim.
Esquerda para a direita: Roger Mello com Kang Woo-hyon, idealizador do prêmio; júri de 2019, presidido por Roger Mello; Volnei Canônica e Roger Mello na Ilha de Nami; Volnei Canônica visita a Biblioteca da Ilha de Nami; Volnei e Roger em foto com o júri internacional de 2017
Além disso, como podemos ver nas fotos abaixo, o Quindim é presença constante na Ilha Nami. Em 2017, a então presidente do júri, Junko Yokota, exibiu a ecobag do Instituto. Já a polonesa Malgorzata Gurowska, ganhadora do Grand Prix daquele ano, tirou foto segurando o mascote do Quindim, assim como Yara Kono (Portugal), uma das premiadas na categoria Purple Island.
Esquerda para a direita, de cima para baixo: júri de 2017 exibe ecobag do Quindim; Malgorzata Gurowska (Polônia); Amir Shabanipour (Irã); recepção em Seul; Yara Kono (Portugal).
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