Na semana em que comemora seis anos de existência, o Instituto de Leitura Quindim decidiu resgatar a história de seu querido mascote: o rinoceronte amarelo que faz a alegria de crianças e adultos.
Criado por Monteiro Lobato (1882-1948), considerado o pai da literatura infantil brasileira, Quindim é um rinoceronte que fugiu do circo e foi parar nas terras de Dona Benta, o famoso Sítio do Picapau Amarelo. Foi a boneca de trapo Emília quem o acolheu e se tornou sua primeira amiga. Aliás, foi Emília quem batizou o rinoceronte de “Quindim”, devido à sua personalidade doce.
Além dessa característica atribuída por Lobato, a natureza forte deste mamífero que habita extensas regiões da África e da Ásia não deixa de ser uma excelente metáfora para falarmos sobre literatura. Afinal, trata-se de uma arte simultaneamente humana e selvagem, tendo em vista sua capacidade de mexer tanto com nossas emoções mais sublimes quanto com nossos instintos.
O escritor Volnei Canônica, presidente do Instituto Quindim, costuma dizer: “a literatura pode ser tão forte quanto um rinoceronte e tão doce quanto um quindim”.
O nome “Quindim”, escolhido pelo ilustrador Roger Mello, também presta homenagem ao poeta gaúcho Mário Quintana (1906-1994). O autor de “A Rua dos Cataventos” era apaixonado pelo doce de origem portuguesa, elaborado a base de ovo, açúcar e coco ralado.
AS VÁRIAS FACES DO RINOCERONTE
Desde sua criação, em 2014, o Instituto de Leitura Quindim (que surgiu como Centro de Leitura) cultivou inúmeras amizades e parcerias artísticas. Foi assim que nosso querido mascote começou a ganhar releituras de grandes nomes da ilustração nacional e internacional.
Além da versão assinada por Roger Mello, ganhador do Prêmio Hans Christian Andersen em 2014 (considerado o Nobel da Literatura Infantil), o Quindim ganhou vida nos traços da portuguesa Catarina Sobral, do equatoriano Roger Ycaza e do iraniano Ali Boozari. Nomes como Tita Barrero, André Neves, Anabella Lopez e Mariana Massarani também fizeram suas releituras.
Para expressar nosso carinho, montamos uma galeria virtual com as diferentes faces que o rinoceronte ganhou ao longo dos últimos anos. Veja abaixo:
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