Como você já deve saber, o terceiro sábado de cada mês é dia de Quintal da Língua Portuguesa no Instituto de Leitura Quindim (ILQ). E neste sábado, dia 19 de março, não poderia ser diferente. A partir das 14h (Brasília), as convidadas Ciça Fittipaldi, Márcia Kambeba e Tatiana Henrique se juntam aos curadores, quintaleir@s e demais participantes para celebrar seus trabalhos e iniciativas, além de suas lutas e projetos com os povos indígenas e afro-brasileiros.
O Quintal envolve artistas e tem público cativo de demais países, principalmente daqueles que compartilham a característica de ter o português como idioma. Confira os demais horários: 17h (Lisboa) / 18h (Luanda) / 19h (Maputo). O Quintal é costumeiramente transmitido via plataforma Zoom.
Os ingressos para acompanhar esse encontro especial devem ser adquiridos AQUI. O valor do ingresso é de R$50,00 para público em geral e R$25,00 para conveniados (Senalba, Sinpro, Sindiserv Caxias e ex-alunos dos cursos do Instituto Quindim), mediante solicitação de desconto no e-mail institutodeleituraquindim@gmail.com.
Conheça um pouco mais sobre as três convidadas:
Ciça Fittipaldi: estudou Desenho e Plástica na Universidade de Brasília (UnB) e se tornou ilustradora logo em seguida, sendo especialista na literatura infantil. Recebeu inúmeros prêmios como o Jabuti de ilustração pela Série Bichos da África (Editora Melhoramentos). É pesquisadora de culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras, além de autora do projeto gráfico, coordenadora do design e diretora de arte do projeto “Iny Tkylysinamy Rybèna/Arte Iny Karajá: Patrimônio Cultural do Brasil”. Apoiado pelo IPHAN, o livro foi escrito por autores indígenas com colaboradores não indígenas e ilustrado por crianças Karajá, participantes de oficinas de pinturas. Muitas de suas obras contêm inúmeras referências ao povo indígena. Ciça também já foi a representante brasileira para o Prêmio Internacional Hans Cristian Andersen.
Márcia Kambeba: Pertencente à etnia Omágua/Kambeba, a poeta e geógrafa nasceu na aldeia ticuna, em Belém do Solimões (AM). Inspirada pela avó, que era professora e poeta, Márcia tem investido na carreira artística e em suas poesias, que têm semelhanças com o cordel e repercute sobre a violência contra os povos indígenas, além dos conflitos gerados pela vida na cidade. Com uma dissertação de mestrado ligada com sua origem, a poetisa escreveu seu primeiro livro, “Ay kakyri Tama”, que significa “eu moro na cidade”, nome também de um dos poemas que o compõem e que acabou se tornando música.
Tatiana Henrique: atriz, diretora, contadora de histórias e Mestra em Memória Social (Memória e Teatro/Performance), Tatiana investiga dramaturgia narrativa para performance e teatro. Esse estudo é a partir dos conceitos de epigenética arquetípica, escrevivência (Conceição Evaristo) e amefricanidade (Lélia Gonzales) em investigação de memórias sensoriais e fragmentais, aplicada em seu trabalho como orientadora corporal e diretora, e que construiu a base narrativa de “Terra sem Acalanto”, espetáculo criado junto ao grupo Sala de Giz (Juiz de Fora///MG), baseado no acontecimento do crime de Mariana. Em seu trabalho também desenvolve o conceito CorpOralidade, a partir de sua pesquisa com filosofias, mitologias e ‘cosmovivências’ ameríndias, africanas, afro-brasileiras e indianas.
Adquira o seu ingresso AQUI e venha ser presenteado por esse encontro que será pra lá de enriquecedor.
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